Por Dr Adriano Oliveira

Depois da morte da minha mãe, passei a ter desconforto em ambientes apertados. Lembro de quando desci no elevador do prédio com ela dispneica para levar ao hospital.

Por outro lado, achava engraçado pessoas reclamarem dizendo que o aparelho de ressonância era apertado! Uma vez ao sentir uma dor lombar de repente descobri que aquele enorme buraco era minúsculo! Hoje sou um claustrofóbico assumido!

Devido à má qualidade do meu sono precisei de uma polissonografia. Fui eu dormir no laboratório.

“Olha vamos colocar esses fios aqui e usar esse oxímetro no seu indicador. Pode incomodar um pouco”, disse a gentil atendente. “Vou dormir feito uma pedra. Onde já se viu um simples oxímetro incomodar alguém!?”

Ele apertava levemente a unha! Um minuto e tudo tranquilo. Meia hora e ficou insuportável! Oh dorzinha que não me deixava dormir!

No hospital testei os nossos oxímetros. Vi que eram bem mais confortáveis. Seja num exame ou usando um oxímetro, cada interferência que fazemos no nosso paciente mexemos com toda uma vida.

Algumas “bobagens que não incomodam ninguém” dependem das experiências de cada um. Incomoda sim! Pra que glicemia 4x ao dia para um não diabético?!?

Colegas, pensemos sobre o impacto de cada coisa que fazemos com ou dizemos para o nosso doente!